Janeiro 2009


 

Quando travávamos aquelas intensas discussões sobre a poesia contemporânea brasileira, você fazia idéia que eu –arrogante- mudaria de idéia?

_ Bi, é impossível que você não goste de nada. Você fala que é ruim porque leu uma coisa ou outra, que por azar não lhe agradou. Como todos os gêneros literários, a poesia contemporânea tem autores ruins, mas tem MUITOS maravilhosos!

_Credo! Eu não me arrisco mais. São poesias sem sentido, apelativas… Não, não gosto e pronto.

 

A UFOP me obrigou a arriscar de novo e o José Paulo Paes a mudar de idéia. Pagando língua: Puta merda, que cara foda!

_ Chega de palavrões, Bruna.

Depois disso, a internet me ajudou muito a descobrir outros poetas de tão boa qualidade… Aliás, por causa da internet ainda não comprei um livro do Paes [Preciso tomar vergonha…]

 

  

Aperitivo:

SEU METALÁXICO

Economiopia
Desenvolvimentir
Utopiada
Consumidoidos
Patriotários
Suicidadãos

 

Últimas observações:

Obrigada pelos conselhos, Gu. Se me permite um: Os melhores poemas de José Paulo Paes – Global Editora.

_ Se ele comprar eu pego emprestado! [ Ops, escapuliu.]

 

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Relato de uma tarde maravilhosa!

A quatro mãos, em duas vias.

 

 

Não escolhemos o melhor filme para assistir, mesmo após uma intensa discussão.

_ Ah não Berlini, a gente não vai ver esses filmes de “mulherzinha” não. Na Globo ta passando um muito melhor.

_ Ah nem Bi, esse filme não tem dublado não? Não to conseguindo ler essa legenda minúscula.

Mais tarde: Angelo “pescando” [quando a pessoa abre o olho toda hora tentando vencer o sono]. Lu dormindo. Só a Bi resistiu, prestando atenção no “homem que saia com a mulher do melhor amigo”.

 

Não passamos a tarde visitando lugares interessantes, nem fazendo coisas diferentes, mesmo assim foi especial, e muito. A casa – da Bi – abrigava a saudade e parecia ser o lugar ideal para que aqueles três corações juntos de novo – e sempre – atendessem à imensa vontade do encontro.

 

Não conhecemos pessoas novas, apenas nos divertimos com os velhos amigos presentes – com ambigüidade mesmo. Lembrou os encontros de família, com direito aos comentários da “tia distante”:

_ Nossa, como o Ângelo cresceu…

Isso era possível?

 

Não imaginávamos, mas era. Aquele pra lá de 1,92 estava crescendo, na altura e no coração, assim como sua importância nas nossas vidas…

_ Ô amor, agora que já conhece o caminho, vê se volta mais vezes.

Certamente, cada vez que nos encontrarmos, será como se o tempo não tivesse passado:

A Lu continuará correndo para o banheiro para cuspir o refrigerante da boca cada vez que o Ângelo nos fizer rir; [a sala da Tia Corina agradece]

A Bi continuará insistindo nas “comédias de meninas dessa idade” e se aventurando na cozinha; [os demais não agradecem]

E o Ângelo continuará viado.

 

E sim, permaneceremos valorizando a particularidade dos sentimentos que nos tornaram inseparáveis: respeito, carinho e confiança.

 

 

Retificando:  a Bi não cozinha tão mal,

Ratificando: o Ângelo é viado mesmo.

 

Prometi a mim mesma que não ficaria um dia sequer sem postar.  Que não iria deixar acontecer como das outras vezes: esquecer um dia, ter preguiça no outro, pronto, blog enterrado. A promessa era postar nem que seja pra falar do joelho que bati no “pé da cama” essa tarde.

_ Filha da puta!

 

Mas hoje acordei sem inspiração – pra escrever. Levantei cedo esperando a telona dos cinemas mais tarde que não veio – imprevistos acontecem… O jeito que dei, já que estava mesmo com vontade de assistir um filme interessante, foi apelar pros DVDs. Separei alguns – 6 –, vi 3 desses.

 

“Mulheres, o sexo forte” – Uma história comum, mas as cores me divertiram. Bela participação, como sempre, da Meg Ryan.

_ É aquele que parece a Nicole Kidman?

Essa mesma. Ela foi traída, teve problemas com a filha, vivia uma amizade intensa que também lhe fez sofrer um pouco… Enfim, abordagem comum de uma história ainda mais comum. Mas interessante.

_ Que péssima crítica eu sou! Raramente julgo algo ruim, tento extrair o melhor das coisas que me proponho ler, assistir… Otimismo demais?

 

“Sete Vidas” – Eu sei que eu ando incentivando muito as fontes alternativas [ilegais mesmo] nesse blog. Já fiz apologia aos sites de download de livros e agora vou falar de DVD pirata. Sim, pois esse filme, que ainda está no cinema, só podia ser pirata. Como já vi e sei que vale os 14 reais que você pagará, recomendarei que vejam no cinema e evitarei maiores dores na consciência.

_ Ufa! Pelo menos, assim, não contribuirei para alimentar a tráfico de drogas. Além do que chorar em frente uma telona daquelas deve ser muito mais emocionante. Verei de novo, em breve.

 

 

“Donkey xote” – Apesar do nome ter me arrancado gargalhadas, o filme não me prendeu. Ta que foi o terceiro da tarde, e o áudio “português de Portugal” era esquisito demais, mas acho que foi a história mesmo, que era infantil demais, a principal responsável pelo meu desinteresse.

_ Claro né, é um filme pra crianças.

Não justifica. A Maria Clara – minha afilhada (se vocês ainda não ouviram falar dela, preparem-se, vão ouvir e muito) – também não gostou. E ela tem 7 anos!

 

 

Sobraram O ensaio sobre a cegueira”, que só vejo depois de ler o livro, definitivamente; “Amigos, amigos, mulheres a parte”, comédia com o Alec Baidwin – sempre vale a pena; e um outro, que nem me lembro o nome. Só sei que tem um casal de meia idade na capa, um título romântico e uma história que embalará as férias com a mamãe.

_ Ela adora! Além de ser o único gênero que eu não escuto seus roncos logo após a primeira cena…

 

Pra quem não estava com “gás” pra escrever, excedi minhas expectativas.

 

Últimas:

* Finalmente voltei ao “Livreiro de Cabul”.

* Comecei a ler ” O Batizado da Vaca”, depois voltarei para falar a respeito dele.

* O tapa na cara da Flora ontem [novela das oito, pra aqueles sem cultura] foi de lavar a alma! Por falar nisso, esperava como resposta de uma postagem anterior: “De médico, louco E FLORA, todo mundo tem um pouco”. Não veio, mas hão de concordar que faz sentido.

_ Será que sou a única noveleira por aqui?

Bom dia, primeiro dia de 2009!

 

31 de dezembro: antes da noite chegar, aproveitei a tarde para ler um pouco. Resolvi não retomar a leitura do “O livreiro de Cabul”, que havia deixado ainda nas primeiras páginas há alguns dias. Ao invés disso resolvi mudar de livro. Sempre tive a “mania” de ler um, dois ou mais livros simultaneamente. Não preciso terminar um para começar outro, e assim vou embarcando em diversas histórias diferentes ao mesmo tempo…

 

Já faz algum tempo que tenho desejado tempo para ler “Ensaio sobre a cegueira”, ouvi muitos elogios e li muitas resenhas que elogiavam esse trabalho de José Saramago. Comprei o livro, mas ele continua na minha estante. Resolvi não começar a lê-lo ontem.

 

Acabei optando por um busca em um site de download de livros.

_ Atenção, não façam isso em casa! Prestigiem o autor.

Mas quanta oferta boa! Baixei “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras” e “ O homem que matou Getúlio Vargas”, ambos do Jô, 2 títulos da Clarice Lispector, além de “O doce veneno do escorpião”, para matar minha curiosidade. Adivinha qual eu escolhi para começar?

 

No meu caso a curiosidade não mataria o gato. Foram 3 horas muito bem gastas, embora muitos possamos pensar que é desperdício ler um livro de uma ex-garota de programa.

_ O que esse livro poderá acrescentar na minha vida?

 

Foi essa a pergunta que eu me fiz e que me impulsionou a lê-lo. E realmente ele tem muito a ensinar! Sem hipocrisias ou simulações, é muito mais limpo que muito livro que não foi escrito por uma profissional do sexo. Na verdade não tem muito de leitura erótica – exceto pelas expressões um tanto quanto pesadas –, considero como uma lição de vida.

 

Nada comparado aos clássicos da literatura brasileira, mas interessante. Não é necessariamente um conselho, mas se também tiver curiosidade:

http://www.livrosparatodos.net/livros-downloads/o-doce-veneno-do-escorpiao.html

Quando terminei tive a certeza de que era tudo que eu esperava – é isso que eu gosto em um livro.

 

Depois só deu tempo de me arrumar pro reveillon. Mas o último dia do ano, confesso, não me deixou com saudades…

Festa de família, show da virada na TV, algumas discussões interessantes.

_ Nossa, você viu como a Ivete ta gorda?

_ Acho que não é gordura, deve ser músculo, é ela ta malhando…

 

Aproveitei que o [meu]clima não estava muito para comemorações, afinal não entendo o que comemoramos no dia 31, e aproveitei para agradecer. Passei muitos minutos, depois das 12 badaladas, olhando pra cima – como se fosse lá que encontraria Deus olhando pra mim – e agradecendo todos os bons momentos que vivi no ano de 2008. Agradeci também os maus momentos, os apertos, as situações difíceis que me ensinaram tanto. Agradeci por cada lágrima que derramei, pela saúde de todos os que eu amo, pela proteção, pela dosada paz, e pelas surpresas e descobertas de 2008. Acho que foi o melhor que podia ter feito naquele momento.

Com o pé direito…

 

Pra hoje: DVD “Uma noite… Noel Rosa”, ótima pedida!