Relato de uma tarde maravilhosa!

A quatro mãos, em duas vias.

 

 

Não escolhemos o melhor filme para assistir, mesmo após uma intensa discussão.

_ Ah não Berlini, a gente não vai ver esses filmes de “mulherzinha” não. Na Globo ta passando um muito melhor.

_ Ah nem Bi, esse filme não tem dublado não? Não to conseguindo ler essa legenda minúscula.

Mais tarde: Angelo “pescando” [quando a pessoa abre o olho toda hora tentando vencer o sono]. Lu dormindo. Só a Bi resistiu, prestando atenção no “homem que saia com a mulher do melhor amigo”.

 

Não passamos a tarde visitando lugares interessantes, nem fazendo coisas diferentes, mesmo assim foi especial, e muito. A casa – da Bi – abrigava a saudade e parecia ser o lugar ideal para que aqueles três corações juntos de novo – e sempre – atendessem à imensa vontade do encontro.

 

Não conhecemos pessoas novas, apenas nos divertimos com os velhos amigos presentes – com ambigüidade mesmo. Lembrou os encontros de família, com direito aos comentários da “tia distante”:

_ Nossa, como o Ângelo cresceu…

Isso era possível?

 

Não imaginávamos, mas era. Aquele pra lá de 1,92 estava crescendo, na altura e no coração, assim como sua importância nas nossas vidas…

_ Ô amor, agora que já conhece o caminho, vê se volta mais vezes.

Certamente, cada vez que nos encontrarmos, será como se o tempo não tivesse passado:

A Lu continuará correndo para o banheiro para cuspir o refrigerante da boca cada vez que o Ângelo nos fizer rir; [a sala da Tia Corina agradece]

A Bi continuará insistindo nas “comédias de meninas dessa idade” e se aventurando na cozinha; [os demais não agradecem]

E o Ângelo continuará viado.

 

E sim, permaneceremos valorizando a particularidade dos sentimentos que nos tornaram inseparáveis: respeito, carinho e confiança.

 

 

Retificando:  a Bi não cozinha tão mal,

Ratificando: o Ângelo é viado mesmo.